RAUL ANTONIO MARQUES DE OLIVEIRA
Poeta, funcionário, à época do concurso de poesia, da agência Campina Grande, Paraíba, Brasil, da Caixa Econômica Federal.
Versos Parnasianos
3º. Lugar
Agência Campina Grande
II MOSTRA DA LITERATURA ECONOMIÁRIA DA FILIAL PARAIBA. SELETA EM PROSA E VERSO. Capa: Dênis Cavalcanti Porto. João Pessoa, PB: 1984. 95 p. 14 x 21 cm.
Ex. bibl. Antonio Miranda.
SEDENTO
Quanto mais te vejo, tanto
se me aumenta um desejo sedento
de ser demônio se de não ser santo,
de não ser calmo e ser violento...
De causar-te um louco espavento,
de morder-te a boca e beber teu pranto,
de tocar-te o seio, qualquer canto
que me venha à cabeça no momento...
De beijar-te louco, momentaneamente,
e junto contigo, de fazer-te louca;
feito uma fera beijar tua boca
e desprendê-la em fios transparentes...
Nesse delírio me hei absorto
em junto desta carne nova:
quero em teu corpo abrir minha cova
e para sempre vive nele, morto!...
1º Lugar
Versos Livres
Agência Cajazeiras
A liberdade é bem maior do que a ânsia...
Olhe os ares, eles são musas,
são poemas que a gente usa
sem precisar chorar, ferir, morrer...
Tudo hoje é unicamente nós:
Somos agora Poetas, Pensadores, Músicos, Artistas.
Estamos livres das filas, dos horários, das listas,
dos patrões, da miséria, das posições sociais;
hoje nós somos infinitamente iguais.
E pra nossa felicidade
ficamos ricos-proletários:
São iguais os nossos salários —
A INFINITA LIBERDADE!
... e o vagabundo correu pela vida
a cantá-la...
... e o político, arrependido, chorou
envergonhado...
*
VEJA e LEIA outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html
Página publicada em junho de 2021
|